Confira quais os pontos necessários para atrair possíveis franqueados.
Se a empresa está caminhando bem e o empresário tem interesse em abrir novas unidades para crescer, optar pela ampliação por meio de franchising pode fazer com que os custos sejam diluídos com os franqueados, mas a criação de uma franquia demanda uma avaliação criteriosa do negócio, tornando-se um processo extenso e robusto e que demanda preparo.
Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) indicam que o Brasil é o quinto país em quantidade de redes de franquia no mundo. Em 2022, esse mercado registrou crescimento de 14,3%, movimentando mais de R$ 211 bilhões. Com cerca de 1,5 milhão de trabalhadores diretos, o Franchising contou ainda com a expansão de 7,8% em suas unidades, totalizando 189 mil pontos de venda de franquias distribuídos por todo o país, ligados a mais de 3 mil redes em operação.
Antes disso, tudo irá depender do que for fechado em contrato entre as partes, mas, em resumo, valores como taxa de franquia, royalties e custos com o ponto físico são cobrados diretamente do comprador.
Primeiramente, antes de abrir franquias, é preciso avaliar quanto de retorno líquido, lucro, a empresa está conseguindo. Se a operação se pagar, mas não sobrar muito dinheiro para o bolso dos sócios, é provável que ela não seja atrativa.
A analista da Unidade de Competitividade do Sebrae, Karen Sitta, explica que abrir se tornar uma franquia é uma opção para aquela empresa que deseja expandir o seu empreendimento, já possui um modelo consolidado, com potencial de crescimento e está pronto para escalar. Segundo ela, normalmente, quem quer iniciar o processo de formatação da franquia para se tornar um franqueador, deve avaliar se o seu negócio é franqueável, se tem um modelo testado, bem-sucedido, se tem um diferencial competitivo, além de estar decidido a expandir a sua marca para uso de unidades franqueadas.
A empresa, ao se tornar uma franquia, passa a integrar um novo modelo de negócio, já que, enquanto todas as operações eram próprias, ao abrir uma franqueadora, a dinâmica muda. Por exemplo, contratar consultorias para que possam modelar o franchising dentro da empresa é uma prática comum.
“O desafio de se tornar um franqueador é muito maior do que de se tornar um franqueado, que vai adquirir o direito de uso de uma marca já estabelecida. A formatação de uma franquia deve ser realizada com atenção e preparo, sendo recomendada orientação e acompanhamento de especialistas ”, alerta a analista.
Além disso, para evitar as chances de erros por parte dos franqueados, o empreendimento precisa também estar evoluído, ou seja, já carregar um tempo de estruturação básica e partir para uma operação que consiga girar com menos dificuldades.
É importante ainda reforçar que, ao abrir uma franquia, o trabalho também irá aumentar, já que haverá uma necessidade alta de treinamentos, ensino de práticas de gestão, assistência em relação a produtos, dentre tantos outros.
Karen Sitta acrescenta que o empresário ou empresária ao decidir franquear deve, primeiramente, conhecer os princípios básicos do sistema de Franchising, saber o que é uma franquia, quais são os atores envolvidos neste processo de formatação, conhecer a legislação, tipos de franquias existentes, vantagens, desvantagens e principalmente como manter um bom relacionamento com sua rede de franqueados, tendo em vista que a atuação será em rede.
“Recomenda-se ainda que esse empreendedor analise o seu perfil como empresário, se sabe lidar e dividir responsabilidades, pois seu papel como franqueador inclui relacionamento com os franqueados e verifique se o seu negócio atende alguns requisitos básicos como a necessidade de ter capital para investimento, ter o registro da marca, possuir um modelo de negócio testado, ter controle administrativo -financeiro, saber liderar e dividir responsabilidades, Também precisa analisar se o negócio atende a alguns requisitos básicos, como ter capital para investimento”, pontua.
Por fim, um outro ponto que deve ser levado em consideração é se o negócio a ser franqueado é replicável, isto é, se é possível ensinar as práticas da marca para terceiros e, por meio disso, conseguir atingir bons resultados em diferentes mercados.
Com informações do Sebrae